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Foto do escritorGisele Essoudry

Orientação profissional - Arriscar uma carreira inovadora ou optar pela mais tradicional?

Muito se fala nas novas carreiras. É uma das principais perguntas que tanto os pais quanto os jovens me fazem.

Importante lembrar que o mundo está em constante transformação.


O mercado, a forma de consumo, a vida em sociedade sofre mudanças e adaptações e isso se reflete em novas necessidades e consequentemente novas carreiras e profissões para atender essas demandas.


O mercado está repleto de possibilidades


Muitas das novas carreiras ainda estão por vir, outras se encontram em uma fase embrionária e algumas já são uma realidade.


Mas, quais são essas novas carreiras afinal?


Grande parte dessas novas carreiras estão dentro das grandes áreas consideradas mais tradicionais. Isso significa que essa escolha não precisa ser feita logo quando se decide pelo curso superior, pois são mais específicas. O mais importante é saber a área de afinidade. Veja alguns exemplos:


Em TIBig data (rastreamento de dados e comportamentos do consumidor). Learning Machine – compreensão de como as máquinas aprendem, inteligência artificial.


Em Psicologia – Neuropsicologia, Psicologia do Esporte


No Direito – Lei de protecão de dados, direito digital, direito de agro-negócio, direito ambiental


Em Administração – Especialista em Diversidade (responsável pela retenção e atracão de talentos garantindo a diversidade, gerente de customer experience (o foco está em melhorar a experiência do cliente, atrair novos compradores e implementar melhorias).


Em praticamente todas as áreas tem carreiras novas, mas não significa que seja necessário fazer um curso superior inovador ou fora do convencional. As grandes áreas nesse caso permanecem as mesmas.


Cursos recentes, inovadores e voltados para necessidades mais específicas


Surgiu uma gama de novos cursos em função de novas demandas e necessidades da sociedade.

Por exemplo, o curso de Ciências Sociais e do Consumo da ESPM, possui uma alta carga de psicologia e visa compreender os movimentos, motivações e tendências do mercado consumidor.


O curso de Animação, ministrado em faculdades como FAAP, Anhembi Morumbi é voltado para comerciais, vinhetas, cinema, games. E um outro curso novo que está tendo muitos adeptos é o Design de Games.


Lembrando também do curso de Relações Internacionais que está entre os mais concorridos da FUVEST, apesar de existir há alguns anos é relativamente novo.


Não só na área humanas, como nas exatas, biológicas e saúde, também surgiu nos últimos anos um leque de opções de cursos de graduação.

Física médica, Engenharia biomédica, Engenharia Nuclear, Engenharia ambiental, Engenharia Florestal, Engenharia de alimentos, ciências biomédicas, biotecnologia, etc.


Então, com tantas profissões novas, como decidir o curso superior?


Primeiro vou responder à pergunta que intitula esse texto.

Arriscar uma carreira inovadora ou optar pela segurança de uma profissão tradicional?


Antes de responder eu ressalto que a segurança e estabilidade profissional não existem mais como antigamente, vivemos em um mercado incerto e volátil. Não há garantias.


Cada profissional é responsável por construir e se desenvolver na sua carreira. A não ser que prefira prestar concurso público, mas nada garante que as coisas podem mudar mesmo na carreira pública.


Voltando a pergunta, como decidir?


Depende de vários fatores. Não há uma resposta para essa pergunta por ser uma escolha muito pessoal. Por isso sempre digo que o auto-conhecimento é fundamental.


Optar por algo muito específico pode abrir portas e oportunidades e tornar o profissional especialista mais valorizado e reconhecido em determinada área. Por outro lado, o campo de atuação e ofertas de possibilidades podem ser mais restritos.


Mas, nada que impeça de realizar futuramente outras especializações para migrar dentro ou fora da carreira. No entanto, é imprescindível que haja um interesse especial e genuíno por esse tema. Do contrário seria realmente arriscado. É necessário aprofundar e pesquisar as áreas de atuação, oportunidades de trabalho, remuneração.


Por outro lado, caso você tenha despertado o interesse pelas carreiras novas que são subáreas das carreiras ditas "tradicionais" como explicado mais acima, eu diria que é uma decisão mais fácil desde que você aprecie os demais aspectos da área principal.


Por exemplo se gosta de Direito Ambiental, é importante que se interesse pelo Direito de modo geral, mesmo que não se interesse por todas as áreas dessa carreira.


Importante lembrar: nada é definitivo nem fixo, muito menos a sua carreira


As carreiras atualmente estão mais versáteis, muitas se entrelaçam. Sempre é possível fazer uma ou mais especializações, agregar novos conhecimentos e migrar para outras áreas. Inclusive juntar na mesma carreira as áreas de afinidade.


Uma pessoa que ama a ciência, a biologia e também se identifica com negócios e administração pode por exemplo estudar biomedicina na graduação, fazer um MBA em negócios e gerenciar uma equipe comercial em uma startup da área da saúde por exemplo.


Tenha em mente que cada um é responsável pela sua carreira. Investir nas suas habilidades, buscar o desenvolvimento pessoal, o auto conhecimento e atualização na sua área e cultura geral vai determinar seu sucesso profissional.


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"O indivíduo saudável deve ser capaz de amar e trabalhar" (S. Freud)


Gisele Ventura Essoudry

Psicóloga e orientadora profissional

Especialista em Saúde Mental UNIFESP

CRP 06118106


Orientação Profissional - Artigo do blog - Gisele Essoudry - Psicóloga

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