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Dor de amor: como tratar a ferida?


Dor de amor: como tratar a ferida? - Gisele Essoudry - Psicóloga

Ele/ela não retorna os contatos, se comporta de forma fria e distante, marca encontro e não aparece, só quer sair quando “interessa”.


Parece que estas atitudes (ou a falta delas) apontam que a pessoa não está interessada em ter um relacionamento contigo, o que você acha?


Por mais óbvio que possa parecer, me pergunto: porque é que tantas pessoas esclarecidas, inteligentes e competentes não interpretam estes sinais?


Ou, continuam justificando para si mesmas e para os outros que, na verdade, ele ou ela age desta forma pois não quer admitir que está a fim. Ou, que é o jeitão da pessoa, ou mesmo que o coitadinho (a) está com trauma de relacionamentos anteriores.

Será que, quando desejamos muito acreditar em alguma coisa, acabamos por construir uma falsa realidade, passando a nos alimentar de ilusões?


Agora vamos falar sobre outra situação bem comum: “amar a pessoa errada”. Esta expressão já remete a uma contradição. Primeiro vamos pensar juntos no que seria a pessoa errada.


Diferente do que a pessoa que “simplesmente não está a fim de você”, eu diria que, a pessoa errada é a que TE FAZ MAL.


É aquela que:

1. Te coloca pra baixo, zomba e te desqualifica mesmo que em tom de brincadeira.

2. Compara você com outras pessoas

3. Se mostra agressiva quando contrariada ou quando você não atende seu desejo.

4. Proíbe que você tenha vida social ou que se relacione com amigos, familiares e colegas de trabalho.

5. Não aceita e desqualifica sua família sem que haja motivos para isso.

6. Não te incentiva, não admira suas conquistas.

7. Está em um relacionamento com outra pessoa (a conversa de que o casamento é ruim, o parceiro está doente blablabla).

8. Sai com outras pessoas.

9. Te agride fisicamente ou apresenta comportamentos violentos com outras pessoas.

10. Se aproveita financeiramente de você.


Dor de amor pode ser patológico


Percebam como alguns comportamentos beiram o patológico e outros são inadmissíveis. O fato de o moço ou moça se encaixar em algum destes itens já sugere o sinal amarelo, ou dependendo, o sinal é vermelho.


No dicionário Aurélio, entre as definições da palavra AMAR temos: querer muito bem alguém, ter devoção, afeição, dedicação, prezar. Como se explica nutrir estes nobres sentimentos em relação a alguém que trata você de forma tão nociva?


“Mas Gisele, você já está condenando a relação, tenho uma amiga que…”.


Sim já ouvi relatos surpreendentes, de reviravoltas, que os pombinhos viveram felizes para sempre e já estão no terceiro filho.


Sério que você prefere pagar pra ver? Se você diz amar alguém dentro destas condições é necessário uma autoavaliação. E se fazer alguns questionamentos como:

O que te leva a “amar” esta pessoa?


Qual sua autoimagem?


O que te faz pensar na possibilidade de ter um relacionamento saudável com esta pessoa?

Talvez você esteja com a autoestima em baixa, não reconhece seu valor e acredita que deve se contentar com isso. Pode ser que esteja muito carente, tenha medo da solidão, ou esta é a sua referência, pois foi assim com seus pais.


Ou, quem sabe, acha que ela ou ele vai mudar, ou que precisa mesmo é de ajuda, a sua.

O que eu quero te dizer é que não, você não precisa disso. Mas entendo também que não tem como simplesmente desligar um botão e parar de sentir. Mas o que quero te mostrar é que o caminho para não se envolver com pessoas erradas é amar a pessoa certa, VOCÊ!


Se amar, se valorizar. Se você está nesta situação, talvez já tenha se cansado deste tipo de conselho. É compreensível, afinal amor próprio, autoestima, autoconhecimento não se aprende na escola. E, nem sempre, temos a sorte de termos aprendido em casa.

Acredite, tem jeito! Você pode mudar esta realidade.


Muita gente confunde estes conceitos com cuidados com a aparência física. Isso também pode fazer parte mas, é uma ínfima parcela.


O amor próprio se inicia com autoconhecimento. Existem muitas formas para esta busca de si mesmo, psicoterapia é uma delas.


Se este texto já fez você refletir, se questionar, já cumpriu o objetivo de plantar uma semente.


Gisele Ventura Essoudry

Psicóloga, Coach e Orientadora Profissional

CRP 061181106

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